segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Estudo Bíblico Sobre os Símbolos Proféticos da Terra Prometida: O Azeite

Tempo de leitura: 18 minutos

A conquista da Terra Prometida é um dos assuntos mais atraentes das Sagradas Escrituras porque está repleto de curiosidades, mistérios e símbolos espirituais, agir divino, novas formas de viver e acontecimentos sobrenaturais que marcaram para sempre a história de inúmeras gerações de judeus no decorrer dos séculos.

Trata-se de uma faixa de terra que hoje está ocupada por Israel em quase toda a sua extensão e que se mostraria deleitosa e propicia para o bem-estar e desenvolvimento daquela nação.

“Porque o Senhor, teu Deus, te mete numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes e de abismos, que saem dos vales e das montanhas;  terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, abundante de azeite e mel; terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro e de cujos montes tu cavarás o cobre.  Quando, pois, tiveres comido e fores farto, louvarás ao Senhor, teu Deus, pela boa terra que te deu.”

Deuteronômio 7.7-10

Tudo começa com a convocação de um homem chamado Abrão e junto com esta convocação a promessa de uma terra que seria dada a ele e a todas as suas gerações posteriores se tão somente obedecessem ao chamado.

“Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”

Gênesis 12.1-3

Vamos juntos através de uma série de estudos bíblicos evangélicos sobre símbolos proféticos da Terra Prometida, ampliar nosso conhecimento em relação a produtos do uso diário daquela comunidade, mas também, e mais importante para nossos dias, conhecer quais eram as mensagens proféticas anunciadas através destes elementos.

Antes de aprofundarmos o tema em estudo, temos que destacar aqui o que de fato deveria estar latente no coração dos hebreus quando daquela noite fatídica na qual se deu a décima praga vaticinada sobre o Egito e a casa de Faraó principalmente, que ficou conhecida como “a morte dos primogênitos” (Êxodo 11.1-10).

Após quatro séculos de escravidão no Egito chegou finalmente o tempo de estarem libertos.

Um hebreu que havia sido tirado das águas por ocasião da ordem de Faraó às parteiras egípcias de matar todos os meninos hebreus, pela sua própria filha, chamado Moisés, exímio guerreiro nas batalhas daquela nação (Egito), criado dentro dos palácios do rei, instruído em toda a ciência, levanta-se para libertar o seu povo (os hebreus), logo após um sobrenatural chamado no monte Horebe quando um arbusto se incendeia, porém não se consume bem diante de seus olhos!

“E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe. E apareceu-lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima. E, vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus.”

Êxodo 3.1-6

A terra prometida simboliza o início de uma nova vida

Era exatamente isto que está latente no coração daqueles hebreus escravos na terra da servidão havia séculos. Ou seja, o início de uma nova fase de vida!

A Terra Prometida simboliza liberdade completa, também legitimidade e oportunidades renovadas de conquistas sem limites…

Não vou agora neste momento destacar experiências vividas por este mesmo povo quando da travessia do deserto.

Isto irei pontuar a medida que for destacando cada símbolo profético que envolve a vida deles (Israel) e de igual modo a nossa vida também como Igreja de Cristo Jesus na terra, em como nos impacta em termos espirituais, pois tudo o que aconteceu naqueles dias, seja a escravidão no Egito, seja a travessia do deserto e a entrada na Terra Prometida de fato, com suas conquistas, milagres operados, sistemas de sacrifícios e ofertas, festas bíblicas, alimentos, dentre outros,  apontavam profeticamente para Jesus e para nosso relacionamento com o próprio Deus em termos de salvação, perdão de pecados e recebimento do Espírito Santo.

“Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas…”

Hebreus 10.1

Em nossos dias a mensagem simbólica e profética que impacta e enriquece nossas vidas e que emana deste maravilhoso acontecimento, ou seja, a entrada vitoriosa na Terra Prometida é o início de um novo tempo!

A Terra Prometida é uma figura espiritual repleta de mensagens futuristas que renovam a nossa esperança e torna a nossa fé mais robusta!

O significado espiritual é extenso e ao mesmo tempo inspirador e que nos motiva a prosseguir na direção de nossas conquistas  apesar de desafios e perigos grandiosos.

Devemos sempre crer que Deus está conosco em todo tempo e que não seremos abatidos por nossos inimigos, pois a vitória já foi decretada lá na cruz do Monte Calvário e também por sua gloriosa ressurreição! Amém!

A terra prometida e o azeite na prática diária

A promessa de Deus não incluía apenas uma expansão geográfica no meio do deserto, mas uma vida em meio a abundantes colheitas e multiplicação sem comparações de crias de animais associadas a regras de reconhecimento daquilo que Ele havia feito por aquela nação, o respeito e cuidados mútuos entre irmãos e assistências aos menos favorecidos.

Dentre as promessas de provisão estava a provisão sem igual de azeite como podemos ver no texto de Deuteronômio 7

“terra de oliveiras, abundante de azeite…”

Segundo a Enciclopédia da Bíblia Teologia e Filosofia Vol. 1 de Russel N. Champlin, são estes os termos originais para azeite (óleos) são:

“No hebraico temos shemen, «graxa. ou «ungüento”; yishar, «brilhante.. e «azeite claro». Está em foco o azeite de oliveira. (Ver Números 18.12 e Deuteronômio 7.13). No aramaico temos meshak; «ungüento» (ver Esdras 6.9 e 7.22). No grego temos elaion, «azeite de oliveira.”

A presença deste produto na vida desta nação é de extrema relevância, pois tem representação em todas as áreas seja do viver prático como alimentação e iluminação e campo financeiro, seja do trato espiritual como consagração, unções e ofertas espirituais.

Vamos destacar os pontos mais relevantes:

1º) Quando as azeitonas eram prensadas pela primeira vez extraia-se daí o óleo mais nobre que seguia direto para o serviço espiritual no tabernáculo para consagração de sacerdotes e demais unções:

“Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água; depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode. E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra; e tomarás o azeite da unção e o derramarás sobre a sua cabeça; assim, o ungirás.”

Êxodo 29.4-7

Não somente sacerdotes mas também reis e profetas eram ungidos para exercerem seus ofícios e chamados, como nos casos de Saul (1 Samuel 9.16) e Davi:

“Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar, porquanto não nos assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui. Então, mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença). E disse o Senhor: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é. Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.”

1 Samuel 16.11-13

E Eliseu que foi ungido profeta no lugar de Elias:

“Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.”

1 Reis 19.16

Vale ressaltar neste ponto que o tabernáculo como todas as suas peças foram ungidas com azeite por Moisés:

“Então, Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu o tabernáculo e tudo o que havia nele, e o santificou; e dele espargiu sete vezes sobre o altar e ungiu o altar e todos os seus vasos, como também a pia e a sua base, para santificá-los.”

Levítico 8.10,11

2º) Quando a azeitona era extraída pela segunda vez obtinha-se um segundo líquido que servia para a alimentação:

O azeite servia para a fabricação de pães e bolos quando misturado com a farinha de trigo, vemos um exemplo característico quando do encontro do profeta Elias com a viúva de Sarepta:

“Então, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo: Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente. Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba. E, indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me, agora, também um bocado de pão na tua mão. Porém ela disse: Vive o Senhor, teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos. E Elias lhe disse: Não temas; vai e faze conforme a tua palavra; porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho. Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até ao dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra. E foi ela e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias. Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme a palavra do Senhor, que falara pelo ministério de Elias.”

1 Reis 17.8-16

3º) O produto extraído da terceira prensagem daquilo restou das prensagens anteriores era o que servia para a iluminação do Santuário e de tendas, vemos a extensão desta prática no Novo Testamento quando as virgens prudentes tem azeite em suas lâmpadas e assim podem esperar pela chegada do noivo até altas horas da noite tendo iluminação para isto (Mateus 25.1-8), como também no caso da parábola da dracma perdida (Lucas 15.8,9):

“Tu, pois, ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido, para o candeeiro, para fazer arder as lâmpadas continuamente.”

Êxodo 27.20

Para os israelitas, a azeitona e seu azeite revestiam-se de primária importância (ver Sir. 39:31; ler. 31:12; 41:8; Luc. 16:6 ss.). Sua abundância era considerada um sinal de prosperidade (ver Joel 2.19).

→ Como cosmético, para ungir a pele do corpo, os cabelos, etc., ou simplesmente para efeito de beleza. (Ver Deuteronômio. 28.40; 2 Samuel 12:20; 14:2 e Rute 3:3). Para ungir os mortos.

→ Como medicamento. O azeite era esfregado no corpo quando a pessoa estava febril, ou era usado em banhos e na unção de ferimentos (ver Isaías 1.6 e Lucas 10.34). Josefo fala no uso de azeite quente, em banhos, para a cura de certas enfermidades.

→ O azeite de oliveira era usado como um rito, na unção dos enfermos, no aguardo da prometida intervenção divina (Ver Tiago 5.14) Como sinal de hospitalidade.

Pés e mãos eram lavados e ungidos com azeite, como sinal de cortesia prestada aos visitantes (Ver Salmos 23:5).

A negligência quanto a esses cuidados era considerada uma descortesia (Ver Lucas 7.46). Esse azeite usualmente era propositalmente perfumado. (Enciclopédia da Bíblia Teologia e Filosofia Vol. 1 de Russel N. Champlin).

O azeite nos dias bíblicos tinha um alto valor monetário sendo usado muitas vezes como papel moeda para pagamento de dívidas, como no caso do milagre do profeta Eliseu, que não somente deu condições daquela viúva livrar seus filhos da escravidão pagando o que devia através do milagre da multiplicação do azeite, como também a fazendo viver do azeite restante:

“E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos. E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos. 4 Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio. Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia. E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou. Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.”

2 Reis 4.1-7

→ O azeite era usado na entrega dos dízimos ao Senhor (Deuteronômio 18.4).

As simbologias do azeite estão ligadas a prosperidade, alegria e hospitalidade (Provérbios 21.17),(Salmos 45.7),(Salmos 23.5).

A terra prometida e o azeite em sua linguagem espiritual

O Espírito Santo é a linguagem espiritual do azeite em si. O azeite derramado sobre a cabeça de reis, profetas e sacerdotes simbolizava espiritualmente falando o derramar do Espírito Santo sobre a vida daquele que recebia tal unção.

Funcionava como uma legitimação, aos olhos do povo, daquela pessoa ungida, para o ofício que iria realizar.

Uma autoridade dentre o povo reforçava o sentido da legitimidade da parte do Senhor visto que esta pessoa tinha seu ministério respeitado entre o povo e tinha confirmado há muito o agir de Deus sobre si, como no caso de Samuel ao ungir Davi.

A unção é um tipo de autorização e capacitação da parte de Deus liberando tal pessoa que a recebia para o desenvolvimento de seu ministério.

O profeta Joel profetiza sobre um poderoso derramamento do Espírito Santo sobre sua nação não muito depois de seus dias.

A expressão “derramarei” é um contraste com relação a forma através do qual o Espírito Santo era concedido naqueles tempos, isto é, por medida e para situações especiais. O derramar fala da maneira abundante e abrangente mediante as quais o Espírito Santo seria dado logo no início da vigência do Novo Testamento. Sobre isto nos falou o apóstolo Pedro em Atos 2.14-18.

Vejamos a profecia de Joel:

“E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.”

Atos 2.28,29

A expressão “ungir” retrata o derramamento do azeite sobre a pessoa escolhida por Deus para realizar uma grandiosa missão.

Fala da vinda do Espírito Santo sobre a pessoa simbolizada pelo azeite o fortalecendo e concedendo poderosas habilidades espirituais para o êxito de seu trabalho de seu chamado.

Jesus fala do cumprimento da profecia de Isaías 61 em Lucas 4.18,19, que diz respeito a sua unção pelo Espírito Santo para realizar com poder e glória a sua urgente missão.

“E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.”

Lucas 4.16-19

A profecia de Joel foi marcante em Atos dos Apóstolos 2, quando do derramar do Espírito Santo ali, com evidências sobrenaturais de dialetos e línguas espirituais.

Entretanto, a profecia continuou por séculos culminando em poderosos avivamentos em várias partes do mundo como os ocorridos em Loughor, no País de Gales em 1904; Rua Azusa 312, em Los Angeles em 1906, Estados Unidos; Pará, Brasil em 1911; Ilhas Hébridas, Escócia em 1949; Pensacola, Flórida, Estados Unidos em 1995 e Bogotá, Colômbia anos 2000.

A promessa do derramar do azeite santo de maneira abundante e incomparável ainda está vigorando sobre nós.

Devemos orar incessantemente para que haja azeite transbordante em nossas lamparinas espirituais, pois o Noivo está às portas.

O derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja de Cristo hoje resultará, em minha opinião, no maior avivamento de todos os tempos.

Talvez alguém diga: “mas o pecado está cada vez maior e mais forte!”. É por isto que creio que vamos viver o maior avivamento de todas as eras! Porque o que foi dito por Paulo, o apóstolo que pelo Espírito Santo, produziu o avivamento que transformou a cidade de Éfeso, nos informa que:

“… mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;”

Romanos 5.20

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Particularidades e Convergências da Cura De Bartimeu Nos Evangelhos Sinóticos da Bíblia e a Perseverança

Tempo de leitura: 5 minutos

As particularidades e convergências contidas nas narrativas do milagre ocorrido com o cego Bartimeu, nos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), ressaltam que a vitória está no final do “caminho” chamado perseverança.

Eis uma das características dos vencedores: perseverança. Os que desanimam nunca sentirão o gozo do sucesso.

Bartimeu, com toda sua deficiência, creu, perseverou e alcançou o que mais desejava em sua vida – a visão. Jesus está atento aos clamores regados com fé e perseverança; irá dispensar completa atenção e atender orações de pessoas dispostas a lutarem incansavelmente por seus objetivos (Lucas 11.9,10).

TEXTO: LUCAS 18.35-43

E aconteceu que, chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus, o Nazareno, passava. Então, clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi tem misericórdia de mim! Então, Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. E logo viu e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isso, dava louvores a Deus.

1) As particularidades do evento

MATEUS (Mateus 20.29-34)

E, saindo eles de Jericó, seguiu-o grande multidão. E eis que dois cegos, assentados junto do caminho, ouvindo que Jesus passava, clamaram, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós. E a multidão os repreendia, para que se calassem; eles, porém, cada vez clamavam mais, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós. E Jesus, parando, chamou-os e disse: Que quereis que vos faça? Disseram-lhe eles: Senhor, que os nossos olhos sejam abertos. Então, Jesus, movido de íntima compaixão, tocou-lhes nos olhos, e logo viram; e eles o seguiram.

1.1- Descreve a existência de mais um cego no ocorrido (v-30),

1.2- Destaca o sentimento que comoveu o Senhor a operar o milagre (v- 34),

1.3- Este sentimento fez com que Cristo operasse poderosos milagres:

  1. a) O leproso (Marcos 1.40,41),
  2. b) Uma multidão de enfermos (Mateus 14.14),
  3. c) Uma viúva em Naim (Lucas 7.13).                                                     

MARCOS (Marcos 10.46-52)

“Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto ao caminho, mendigando. E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar e a dizer: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama. E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus. E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista. E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho.”

1.4- O único que registra o nome do cego (v- 46),

1.5- Enfatiza a ação de Bartimeu quando foi ter com Jesus (v- 50).                                                               

LUCAS (Lucas 18.35-43)

“E aconteceu que, chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus, o Nazareno, passava. Então, clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Então, Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. E logo viu e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isso, dava louvores a Deus.”

1.6- Revela a pergunta ansiosa de Bartimeu (v- 36),

2) As convergências do evento

2.1- O clamor de Bartimeu (Mateus 20.30), (Marcos 10.47), (Lucas 18.38),

2.2- A dificuldade a ser vencida (Mateus 20.31), (Marcos 10.48), (Lucas 18.39),

2.3- A prova da perseverança (Mateus 20.31), (Marcos 10.48), (Lucas 18.39),

2.4- A pergunta de Jesus (Mateus 20.32), (Marcos 10.52), (Lucas 18.41),

2.5- A benção alcançada (Mateus 20.34), (Marcos 10.52), (Lucas 18.43).

Tudo é possível àquele que crê!  A fé associada a uma perseverança que não varia com as circunstâncias destravará milagres.

Adversidades sempre existirão. Resolva logo isto em sua vida.

O que vai fazer de fato a diferença será a maneira como você está disposto a lutar!

Você terá problemas interiores, como Bartimeu tinha vários. Terá também dificuldades exteriores, como a multidão diante de Bartimeu e pessoas o repreendendo para fazê-lo parar e deste modo enterrar os seus sonhos.

Entretanto, a perseverança de Bartimeu diante de todos estes fatores destravou o seu milagre!

Leia também o estudo bíblico sobre o propósito de Deus para sua vida e complemente seus estudos.

Confira um estudo completo sobre vencer as lutas espirituais através das armas de efésios 6.

Continue firme na luta! Enfrente as adversidades com fé, perseverança e um bom ânimo. Aprenda com sabedoria tudo o que Deus está lhe ensinando no meio disto tudo. Está é uma bagagem valiosa para o resto da viagem!

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

A Quebra Da Legalidade Em Jesus E O Perigo Do Retorno À Escravidão

Tempo de leitura: 5 minutos

O estudo bíblico A Quebra Da Legalidade Em Jesus E O Perigo Do Retorno À Escravidão vem para abençoar a sua vida. Faça sua leitura e deixe seu comentário abaixo.

E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.

TEXTO: HEBREUS 2.14-18

Introdução: A Quebra Da Legalidade Em Jesus

Com sua morte na cruz, Jesus desfez todo o domínio legal que Satanás tinha sobre os homens.

O sangue de Cristo lavou-nos de toda a culpa produzida pelo pecado, reconduziu-nos à presença do Pai e deu-nos a condição de viver em plena liberdade, santidade e amor.

→ O pecado praticado produz efeito imediato e danoso na vida espiritual do homem.

Ele é a maior tragédia da humanidade, pois tem consequências desastrosas como, por exemplo, a quebra da comunhão com o Criador; impede que orações sejam ouvidas e gera escravidão naquelas áreas onde foi produzido.

Quando o pecado é cometido uma espécie de autorização legal espiritualmente falando concede permissão para sermos atacados e sofrermos derrotas com consequências que custam muito alto.

Por isso, procurar viver uma vida com retidão e fidelidade o máximo que pudermos resultará em intimidade, santidade e aprovação em relação a Deus.

A tentação em si ainda não é o pecado consumido. Contudo, o processo da tentação poderá levar a pessoa a concretizar de fato o pecado.

Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.

Tiago 1.12-15

Se soubermos lidar com isto, pois o processo de tentação é ininterrupto, poderemos tirar proveito no que tange a resistirmos a este processo e ao invés de sermos derrotados, sairmos dele ainda mais fortes e resistentes.

Jesus Cristo quebra a legalidade espiritual

Jesus se humanizou (João 1.14) e com isso sentiu pessoalmente os desafios e as tentações vividas pelos seres humanos feitos a Imagem e Semelhança de Deus.

→ Ele nasceu santo e morreu santo. Em tudo foi tentado, mas em nada pecou!

O profeta Isaías o chama de Homem de dores (Isaías 53.3). Isto o identifica com a fraqueza e a luta espiritual que acontece com cada ser humano.

Por este motivo Jesus pode tomar o nosso lugar. Ele conheceu de fato as nossas dores e fragilidades.

Sendo assim, morreu na cruz em nosso lugar e nos redimiu com o derramar de seu sangue puro e santo, pagando o preço de nossas dívidas geradas pelo pecado e que não tínhamos de forma alguma como reparar (1 Coríntios 6.20),(Colossenses 2.14).

O Seu sacrifício na cruz nos purificou de todo o pecado e nos fez mergulhar em um novo tempo de abundante graça não antes vivido por algum ser humano.

A autoridade espiritual da cruz está em quebrar o vínculo de escravidão que mantínhamos com o Diabo por meio do pecado que possuía um preço impagável.

Contudo, Jesus veio e destruiu toda obra do pecado e da morte com seu sacrifício na cruz e sua ressurreição, nos libertando da legalidade espiritual que era constantemente contra nós.

Quem pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.

1 João 3.8

1# A quebra do domínio legal de satanás em Jesus

1.1- “… havendo riscado a cédula…”, “e despojando…” (Colossenses 2.14,15),

1.2- “… aniquilasse…” (Hebreus 2.14),

1.3- “… me livrou…” (Romanos 8.1,2),

1.4- “… nos tirou…”(Colossenses 1.13),

1.5- “… tenho as chaves…”(Apocalipse 1.18),

1.6- “… aniquilar o pecado…” ( Hebreus 9.26).

2# Quando é que “devolvemos” a satanás o direito de atingir-nos?

Quando praticamos o pecado. É como se “suspendêssemos”, o efeito da anulação do domínio legal que Satanás tinha sobre nós, conquistada por Jesus na cruz.

2.1- Um alerta (Efésios 4.27),

2.2- Quem vive no pecado dele é escravo (João 8.34,35),

2.3- O pecar voluntário significa abandonar a Cristo e rejeitar seu sacrifício na cruz (Hebreus 10.26),

2.4- A volta a um estado ainda pior (2 Pedro 2.20-22).

3# O que se entende por legalidade?

3.1- Ilustração (Josué 7.1-26),

3.2- O pecado traz consequências cada vez piores (João 5.5-15  Bíblia viva; 8.1-11)  ,       (Romanos 6.15,16)

3.3- O perigo sempre próximo (Mateus 12.43-45), (1 Pedro 5.8).

4# Mente humana: um lugar de conflito espiritual

4.1- Uma importante exortação (2 Coríntios 10.3-5),

4.2- Mantendo a mente ocupada (Filipenses 4.8),

4.3- Satanás tenta confundir-nos (2 Coríntios 11.3),

4.4- O segredo para uma mente saudável (Romanos 12.1,2).

5# Santificação: um meio eficaz no combate contra os desejos da carne

5.1- A plenitude da santificação (1 Tessalonicenses 5.23),

5.2- Uma demonstração de amor a Cristo (Gálatas 5.24).

Complemente sua leitura com as 4 atitude espirituais que trazem avivamento.

Manter-se atento na caminhada da vida cristã no sentido de ter relacionamento íntimo com Deus e estar se esforçando ao máximo para praticar o Evangelho de Cristo cotidianamente, são comportamentos vitais para se manter longe de problemas e se livrar dos ataques inimigos!

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Para Tudo Há Um Propósito Definido Por Deus Na Sua Vida

Tempo de leitura: 9 minutos

Para Tudo Há Um Propósito Definido é mais um estudo bíblico para você ler, estudar e aplicar na sua vida para o seu crescimento espiritual.

Eclesiastes 3.1

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.”

Um propósito pode ser definido de diversas maneiras, por exemplo:

→ Um propósito é um objetivo que deve ser alcançado. Ele não acontece de qualquer jeito. Também não se concretiza de acordo com a sorte ou ao acaso.

→ Um propósito exige concentração e trabalho no sentido de ganhar vida; de vir a existência.

Um propósito precisa de descoberta, avaliação, aprimoramento e ser submetido à vontade de Deus. Só assim se cumprirá todo desígnio para nossa vida. Isto é, a razão do meu existir.

Um propósito precisará de um intervalo quando um período de lapidação e aperfeiçoamento o deixará apto para vencer.

Deus criou a terra com propósitos definidos. Assim como o sol, a lua, os animais e o homem. Não há exatamente nada que foi criado por Deus que não tenha um propósito a ser realizado.

Importante é saber que o ser humano poderá deixar de cumprir o propósito de Deus para a sua vida.

E é por isto que muitos passam pela vida de maneira inexpressiva e não deixam nenhum ganho, nem marcas positivas; não produzem nada para o Reino de Deus.

Contudo, os propósitos de Deus jamais serão frustrados. O que Deus determinou por sua infinita sabedoria vai se cumprir.

Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do SENHOR permanecerá.

Provérbios 19.21

Propósitos na vida de um pastor que virou rei

E, quando este foi retirado, lhes levantou como rei a Davi, ao qual também deu testemunho e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade.

Atos 13.22

O pastor que virou rei foi Davi. Desde sua mais tenra idade o vemos vivendo de maneira que o propósito de Deus se cumprisse em sua vida.

Enfrentou momentos de extremas dificuldades, mas muito necessários para um futuro rei.

Vejamos:

A trajetória de vida de Davi está alinhada com propósitos definidos por Deus para sua própria vida e o futuro da nação de Israel.

É com Davi que Israel se tornará temido aos arredores e irá expandir as suas fronteiras, tornando-se um reino poderoso e vitorioso nas guerras.

Mas é Deus quem estabelece os propósitos de nossas vidas com experiências que algumas vezes são dolorosas, mas que são altamente necessárias no que diz respeito à lapidação de nosso caráter, adestramento para lutar contra os inimigos e expansão de nossos limites de conquista.

Portanto, jamais devemos murmurar ou abandonar a caminhada com Deus, porque é exatamente em um destes momentos que Ele está nos submetendo à experiências valiosas para nos fazer descobrir potenciais escondidos e valores que precisam ser aflorados, coisas que nem nós mesmos sabíamos.

Existem pontos chave na narrativa bíblica que envolve a vida de Davi que nos leva a entender com clareza acontecimentos que podem envolver a vida de alguém cuja finalidade é prepara-la para o seu desígnio no futuro, por exemplo:

1º) O Tempo em que esteve no deserto

Davi durante a sua juventude foi pastor de ovelhas. Ele cuidava das ovelhas de seu pai Jessé. Por circunstâncias variadas ele esteve no anonimato do deserto por muito tempo de sua vida ainda breve.

Isto sem duvida alguma estava dentro dos planos de Deus para Davi.

→ Os desertos na Bíblia são sempre lugares de dificuldades extremas; de solidão e anonimato e de profunda dependência de Deus.

No deserto homens foram adestrados para a guerra, tiveram sua integridade lapidada, foram duramente provados em sua fé e confiança em Deus e testemunharam acontecimentos sobrenaturais.

→ Abraão esteve no deserto de Neguebe (Gênesis 20.1), logo após viu a promessa se torna realidade – Isaque nasceu;

→ No deserto do Sinai Moisés se transformou no homem mais manso da terra (Números 12.3);

→ Elias, após o confronto mortal do monte Carmelo, fugiu para o deserto, e lá foi revigorado de modo sobrenatural (1 Reis 19.1-8);

→ João Batista, a voz do que clama no deserto (João 1.23);

→ Jesus, o Filho do Deus altíssimo, venceu a satanás no deserto, através da Palavra de Deus (Lucas 4.1-13);

→ O apóstolo Paulo, maior doutrinador da Igreja, esteve refugiado no deserto da Arábia por 3 anos para uma escola diretamente com Jesus que o prepararia de maneira excelente para o desenvolvimento de seu ministério (Gálatas 1.15-18).

O tempo em que Davi este na solidão do deserto, com tempo exclusivo para ouvir Deus falar, aprimorou sua audição e visão espirituais.

Sem interferências externas pode aprender discernir com clareza quando Deus lhe estava lhe direcionando os passos.

O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor por longos dias.

Salmos 23.1-6

2º) As lutas travadas e a dependência do agir Divino

Davi como pastor de ovelhas no deserto não eram poucos os desafios que tinha que superar.

Havia também muitas necessidades que ele tinha que suprir: cuidar de ovelhas feridas; livra-las de ataques de ursos e leões e ter que encontrar mananciais em pleno deserto eram tarefas extenuantes e só por amor e um alto grau de resistência eram realizadas.

→ No combate contra o herói filisteu – Golias, esta experiência do deserto foi extremamente fundamental.

A vitória contra aquele gigante resultou-lhe em honra para o resto de sua vida.

E Davi disse a Saul: Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra este filisteu. Porém Saul disse a Davi: Contra este filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu ainda és moço, e ele, homem de guerra desde a sua mocidade. Então, disse Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e vinha um leão ou um urso e tomava uma ovelha do rebanho, e eu saía após ele, e o feria, e a livrava da sua boca; e, levantando-se ele contra mim, lançava-lhe mão da barba, e o feria, e o matava. Assim, feria o teu servo o leão como o urso; assim será este incircunciso filisteu como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo. Disse mais Davi: O Senhor me livrou da mão do leão e da do urso; ele me livrará da mão deste filisteu. Então, disse Saul a Davi: Vai-te embora, e o Senhor seja contigo.

Samuel 17.32-37

3º) O espírito de adorador aperfeiçoado

Davi no deserto deve ter presenciado e muito o cuidado e o favor divinos para consigo. Muito provavelmente foi naquele lugar de extremas dificuldades que aperfeiçoou a sua adoração.

E sucedia que, quando o espírito mau, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a tocava com a sua mão; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele.

1 Samuel 16.23

Todos estes acontecimentos aprimoraram Davi para o seu desígnio no futuro.

Estas experiências lhe concederam instrumentalidade espiritual para guiar o povo de Israel.

Davi foi um guerreiro renomado e um excelente combatente de guerra.

Contudo, foi também um homem de coração quebrantado, um homem segundo o coração de Deus (1 Samuel 13.14).

Foi um adorador de excelência: escreveu vários cânticos de Salmos; trouxe a arca da aliança de volta para Jerusalém e estabeleceu o tabernáculo outra vez em seus dias!

Olhe para a sua vida agora: talvez os dias recentes não tenham se desdobrado da maneira como você planejou; talvez não veja saída para algum tipo de problema que surgiu ou pode pensar que Deus não lhe ouve mais as orações.

Quem sabe se sente num deserto; no anonimato de um deserto, com ursos e leões para enfrentar e ainda ter que proteger pessoas que Deus colocou debaixo de seus cuidados, como um pastor que tem que cuidar das ovelhas que estão debaixo de seus cuidados ou proteção.

Tenho certeza de que Deus está no controle de sua vida e que nada está acontecendo por acaso.

Deus está lhe aprimorando para grandes acontecimentos que estão vindo por aí. Ele está lapidando a sua fé. Está lhe tornando mais dependente d’Ele.

→ Saiba de uma coisa Deus é fiel e não te abandona jamais!

O que você está vivendo agora é uma fase, vai passar em breve.

Lembre-se de que aprender as lições deste tempo é de extrema importância para o comprimento do propósito de sua vida.

Seja um adorador nesta hora de aprimoramento da fé!

Some a adoração com a música também.

Complemente sua leitura com as 4 atitude espirituais que trazem avivamento.

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sábado, 19 de janeiro de 2019

Estudo Bíblico Sobre as 4 Atitudes Espirituais Que Trazem Avivamento

Tempo de leitura: 6 minutos

Seja muito bem vindo ao nosso site de estudos bíblicos evangélicos! Sou o Pastor Marcos Sá, educador e líder na igreja a mais de 30 anos. Nesse site você vai encontrar estudos bíblicos para vida cristã em diferentes assuntos e temas. Hoje, será Avivamento!

→ Vamos aprender mais sobre as atitudes espirituais que trazem o avivamento.

4 Atitudes espirituais que trazem avivamento

→ TEXTO: 2 CRÔNICAS 7.14

“e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”

  • FUNDO HISTÓRICO:

O capítulo 7 de 2 Crônicas inicia com a manifestação da glória visível de Deus, quando da consagração do 1º templo construído.

Prossegue com a aliança entre Deus e Salomão, que lhe aparece num sonho aprovando a dedicação dum lugar especial para Ele, onde possa revelar-se ao seu povo.

A aliança consiste em o povo ser-Lhe fiel, cultivando o espírito de adoração nascido em seu coração.

Se pecarem, sofrerão o justo juízo divino, porém, se arrependerem-se de seus pecados, com sinceridade, Deus promete a restauração da nação, ouvindo e respondendo as orações, perdoando pecados e tornando a terra propícia para a semeadura e abundantes colheitas.

ARREPENDIMENTO: “pesar sincero de algum ato, contrição”

“… e se converter dos seus maus caminhos…”

→ 1ª ATITUDE (Arrependimento) – o abandono total dos males praticados contra Deus, próximo e a si próprio.

O arrependimento foi uma das marcas relevantes do Avivamento do País de Gales, incentivado constantemente por Evan Roberts.

Aquela comunidade do início do século 20 deveria buscar o arrependimento de qualquer coisa que colocasse em dúvida a integridade de seus comportamentos espirituais.

O arrependimento foi condição primária para o avivamento de Nínive nos dias de Jonas (Jonas 3.1-10):

E veio a palavra do Senhor segunda vez a Jonas, dizendo: Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a pregação que eu te disse. E levantou-se Jonas e foi a Nínive, segundo a palavra do Senhor; era, pois, Nínive uma grande cidade, de três dias de caminho. E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida. E os homens de Nínive creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até ao menor. Porque esta palavra chegou ao rei de Nínive, e levantou-se do seu trono, e tirou de si as suas vestes, e cobriu-se de pano de saco, e assentou-se sobre a cinza. E fez uma proclamação, que se divulgou em Nínive, por mandado do rei e dos seus grandes, dizendo: Nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma, nem se lhes dê pasto, nem bebam água. Mas os homens e os animais estarão cobertos de panos de saco, e clamarão fortemente a Deus, e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos. Quem sabe se se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos? E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.

QUEBRANTAMENTO: “debilitação, extenuação, sem força”

“… se humilhar…”

→ 2ª ATITUDE (Quebrantamento) – o esvaziamento do “eu” e total dependência de Deus (Gálatas 2.20),

O quebrantamento permite a renovação espiritual. É o retorno à dependência de Deus e o permitir-se ser novo outra vez (Jeremias 18.1-7).

  • um ato que comove a Deus (Salmos 34.18; 51.17)
  • uma das missões do ministério de Cristo (Isaías 61.1 ARA),

ORAÇÃO: “súplica dirigida a Deus de maneira constante e humilde”

“… e orar…”

→ 3ª ATITUDE (Oração) – súplica ao Senhor, que demonstra confiança em Sua intervenção. Seja por sede de sua Presença, seja por socorro ou operação milagrosa (Salmos 42.2; 63.1),

Clamores por avivamento (Salmos 85.6), (Isaías 32.15), (Habacuque 3.2).

Avivamentos são acontecimentos espirituais liberados por Deus para impactar a Terra com seu poder e sua presença.

Homens não podem produzir um avivamento genuíno por si só. Entretanto, podem provocar o derramar do Espírito Santo com atitudes de vida santa e irrepreensível e aprovada por Deus.

ADORAÇÃO: “desejo ardente de buscar a face de Deus e não somente seus benefícios”

“… e buscar a minha face…”

→ 4ª ATITUDE (Adoração) – A verdadeira adoração tem o poder de atrair a presença de Deus. Ela nasce em coração sincero que entende ser Deus o tesouro mais valioso a ser encontrado (Jeremias 29.13).

“E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.”

A verdadeira adoração se processa na área do espírito humano e ganha dimensões transcendentais (João 4.23,24).

A santidade do Senhor é o estímulo desta adoração apaixonada e única (Salmos 96.9).

São identidades de um avivamento verdadeiro:

Sede e fome pela Palavra de Deus (Amós 8.11)

“Eis que vêm dias, diz o Senhor Jeová, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor.”

Visitações do Espírito Santo (Joel 2.28,29)

“E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. 29 E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.”

Confissão de pecados (Tiago 5.16)

“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis;…”

→ Oração (Atos 2.42)

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.”

→ Vida íntegra (Filipenses 2.15)

“para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo.”

Exemplos de Avivamentos Bíblicos

→ Nos dia do rei Josias (2 Reis 23.1-30),

→ Nos dias do rei Ezequias (2 Crônicas 30.1-27),

→ Nos dias do sacerdote e escriba Esdras (Esdras 10.1-44),

→ Nos dias do evangelista Filipe (Atos 8.5-8).

“E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus…”

(Joel 2.13)

→ Dica de leitura para você aprender como a estudar a bíblia para qualquer assunto que você queira.

Assim terminamos nosso estudo sobre as 4 atitudes espirituais que atraem o avivamento.

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